Reflexão

ORANDO EM SITUAÇÕES DIFÍCEIS

Ezequias recebeu a carta das mãos dos mensageiros e a leu. Então subiu ao templo do Senhor, abriu-a diante do Senhor e orou. (Isaías 37.14-15)

Este capítulo de Isaías contém uma história interessante sobre o rei Ezequias. Os assírios estavam atacando Jerusalém com um grande exército e começando a vencer. A situação parecia desesperadora.

O rei Senaqueribe ridicularizou Ezequias sem misericórdia. Senaqueribe zombou da desgraça de Ezequias escrevendo uma carta repleta de insultos contra Deus para fazer o devoto rei perder toda a esperança.

Em vez de perder a esperança, Ezequias foi para o templo, abriu a carta diante de Deus, prostrou-se com o rosto tocando o chão e fez uma oração fervorosa.

Aprender a orar quando há uma emergência ou quando alguma coisa está nos amedrontando requer muita disciplina. Em vez de orar, temos a tendência de nos torturar com ansiedade e preocupação.

Pensamos apenas em como nos livrar do problema.

Muitas vezes o Maligno nos engana quando a tentação ou o sofrimento começam, deixando a dúvida se a questão é espiritual ou física. Imediatamente ele entra sem pedir licença e nos deixa tão perturbados com relação ao problema que nos tornamos consumidos por ele.

Neste sentido ele nos afasta da oração. Ele nos deixa tão confusos, que nem mesmo pensamos em orar. Quando, finalmente, começamos a orar, já nos torturamos quase até a morte.

O Maligno sabe o que a oração pode realizar. É por isso que ele cria muitos obstáculos e a torna tão difícil para nós que nunca conseguimos parar para orar.

Com base nesta história registrada no livro de Isaías, nós devemos adquirir o hábito de ficar de joelhos e colocar as nossas necessidades diante de Deus no momento em que tivermos uma emergência ou ficarmos amedrontados.

A oração é o melhor remédio que existe. Ela sempre funciona e nunca falha – basta fazer uso dela!

Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.

Por Litrazini




Quem foi Martinho Lutero

    Nascido em Eisleben, Alemanha, a 10 de novembro de 1483, Lutero era filho de camponeses católicos alemães. Como era comum na época, foi alvo de uma disciplina rígida. O menino Lutero aprendeu, entre outras coisas, a orar aos santos, realizar boas obras e reverenciar o papa e a igreja.

    Cedo, aos 5 anos, Lutero começou a estudar latim em uma escola local. Já aos 12 anos, foi aluno de uma escola de uma irmandade religiosa em Magdeburgo. Em 1505 recebeu grau de Mestre em Artes da Universidade de Erfurt, e em 1505 e começou a estudar Direito.

    Pouco tempo após iniciar seus estudos de Direito, Lutero resolveu tornar-se monge e entrou no Mosteiro Agostiniano de Erfurt. A sua ordenação foi em 1507. Em seguida, deixou o Mosteiro para ensinar filosofia moral na Universidade de Wittenberg.

    Continuando seus estudos, Lutero obteve o título de Doutor em Teologia. De 1513 a 1518, ensinou Teologia Bíblica na Universidade de Wittenberg. Nessa época, começou a tornar-se bastante conhecido. Após certa idade, Lutero começou a ser afligido por uma angústia que pode ser sintetizada em uma pergunta: se o coração da pessoa é governado pelo pecado, como pode esperar salvação diante de Deus? Por causa do que havia aprendido, procurou resposta – e paz – através de boas obras, incluindo jejuns e autoflagelação. Contudo, seu sentimento de incapacidade para sentir paz diante de Deus continuou, levando-o às portas do desespero.

    A aflição de Lutero somente encontrou resposta no dia em que encontrou na Bíblia a certeza de que não há como alguém merecer o favor de Deus por causa de alguma coisa que faz; que a única forma de alguém obter o favor Deus é através da fé em Jesus Cristo; que é através da fé em Jesus que os pecados são perdoados por Deus. Este entendimento, conhecido como a doutrina da justificação pela fé, tornou-se um dos pilares do pensamento religioso de Lutero.

    A Igreja Romana da época costumava dizer que algumas pessoas possuíam mais méritos do que tinham necessidade para serem salvas. Por isso, o “mérito extra” dessas pessoas poderia ser transferido – especialmente através de pagamento – para pessoas cuja salvação era duvidosa. Lutero protestou contra esta prática, chamada de indulgência. Em 31 de outubro de 1517, Lutero afixou uma série de críticas – que se tornaram conhecidas como 95 Teses – na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. As Teses eram um protesto contra o abuso da autoridade do Papa, especialmente no sentido de desafiar o Papa a esvaziar de graça o purgatório, já que diz controlá-lo. Lutero também negou o ensino do “mérito extra” que estava por trás das indulgências. Segundo Lutero, o verdadeiro tesouro da Igreja é o Evangelho – a proclamação do amor de Deus. A Igreja Romana ordenou que Lutero se apresentasse em Roma para responder às acusações de heresia. Sabendo do caso, o Príncipe da Saxônia, Frederico o Sábio, interveio e insistiu que a audiência de Lutero fosse realizada em solo alemão. Como resultado, uma Dieta Imperial foi realizada na cidade de Augsburgo, em 1518. Lutero se recusou a mudar de opinião. Temendo ser preso, fugiu de Augsburgo. As idéias de Lutero logo encontraram adeptos em todas as regiões da Alemanha, e mesmo fora dela. A resposta do Papa à situação foi uma bula (ordem papal), ameaçando Lutero de excomunhão, caso não se retratasse. Em protesto, ele queimou publicamente a Bula e foi excomungado em janeiro de 1521. Em junho de 1525, Lutero casou-se com Catarina de Bora, uma ex-freira. Os dois tiveram seis filhos e abrigaram onze órfãos. Lutero publicou cerca de 400 obras durante a sua vida, incluindo comentários bíblicos, catecismos, sermões e tratados. Também escreveu hinos para a Igreja. Parte de suas obras estão publicadas em diversas línguas modernas.





Os trechos a seguir estão contidos no livro “Filho do Fogo”, volume 2, do ex-satanista Daniel Mastral, que revelou alguns dos planos de Satanás e a forma com a qual ele atua. No capítulo 6 da parte 3 do livro, ele descreve a fala de um dos líderes do Satanismo em São Paulo, que relata os avanços dos planos de Satanás e como ele se infiltrou na Igreja ao longo dos séculos. 

- Então vejam: do ano zero ao ano 666 aconteceu o Primeiro Ciclo. Com mais um salto de seiscentos e sessenta e seis anos chegamos ao ano de 1332, o Segundo Ciclo. Com mais seiscentos e sessenta e seis anos, cairemos no ano de 1998. Sei que o contexto numerológico não é novidade para vocês. O número 9 — o 666 condensado — , e o número 5 — uma alusão ao Pentagrama, símbolo de Poder e Domínio, símbolo da Alta Magia — são os números mais fortes dentro do Satanismo e tudo gira em torno deles. Mas voltemos ainda um pouco à questão dos três Ciclos. Em cada Ciclo foi cumprida uma etapa do plano estratégico de Lúcifer. Sabemos que o culto a Deus e o culto a Lúcifer já existiam muito antes do advento de Jesus, certo?

Mas os três Ciclos têm a ver com uma oposição completa à Aliança desse Cristo. A estratégia do anticristo só pôde existir depois do aparecimento do Cristo, é óbvio. Deus, em sua insanidade, prometeu pisar a cabeça da Serpente através do Seu Enviado. Mas nós sabemos quem tem o reino mais poderoso. E o reino mais poderoso aponta qual dos dois é o detentor do Poder verdadeiro! Sabemos que Jesus nasceu um pouco antes do ano zero, mas é importante manter-se dentro do calendário Gregoriano. Por isso, tão logo Lúcifer conheceu o Cristo, no ano zero, iniciou-se aí também o seu plano contra esse enviado de Deus!

Era necessário algo que viesse a neutralizar a estratégia de Deus. Nos primeiros 666 anos começou a ser revelado paulatinamente o que fazer. O pai [por “pai” traduz-se “Lúcifer”, para os satanistas] começou a mostrar-se muito devagar... o exército satânico começou a ser organizado. E o inimigo — a recém inaugurada Igreja — começou a ser sondada! Isso é primário, a estratégia de ataque ao inimigo dependeria muito de como seria a Igreja, de como se comportaria. Para que um ataque seja certeiro há que se conhecer em detalhes o oponente. A luta não depende apenas de nós, mas também das condições do inimigo. Era necessário saber de tudo, acompanhar, espionar: como estavam se desenvolvendo, o que eles sabiam, o que não sabiam, etc. Isto é muito intuitivo. Não se pode criar uma estratégia "da cartola", mas somente após a coleta de dados! Isso aconteceu basicamente no Primeiro Ciclo, foi feita uma monitoragem completa, um acompanhamento do crescimento do Cristianismo no mundo.

E foi relativamente fácil plantar sementes malignas logo de cara. O sincretismo religioso, por exemplo, foi uma delas. O Apóstolo Paulo fundou Igrejas mas logo elas foram contaminadas. Ele mesmo teve que exortar tremendamente as Igrejas novinhas porque era muito fácil que algumas delas se desviassem rapidamente da rota. Vejam na época do Imperador Romano Constantino, que era pagão e adorador do deus sol invicto. No início do quarto século ele tornou o Cristianismo a religião oficial do Império Romano. Foi o fundador das bases da Igreja Católica Apostólica Romana. Mas o Decreto foi um golpe político. Constantino observou que os grupos Cristãos vinham corajosamente subsistindo apesar da perseguição acirrada que teve início principalmente na época de Nero. Quanto mais eram perseguidos, mais fortes pareciam ficar. Apesar de não serem maioria. Então era interessante obter o apoio daquele grupo em Roma.

E através do Concilio de Niceia, em 325, o Cristianismo tornou-se a religião oficial do Império. Mas vejam que golpe de mestre: quando deixaram de ser perseguidos, quando foi dado todo o aval para que cultuassem ao seu Deus... a coisa começou a ir por água abaixo. Constantino sugeriu, na verdade, uma unificação do Cristianismo com as religiões politeístas da época. Os Templos Pagãos foram modificados convenientemente, mas mantidos. Bem como as suas imagens de escultura, cujos nomes foram apenas modificados. Porque a essência daquele povo romano não poderia ser assim retirada do dia para a noite. Mas os Cristãos também tinham que sair contentes do acordo. A solução era um sincretismo com carinha mais Cristã do que pagã!

E a partir daí foi só induzir mais e mais ao erro. A raiz da idolatria já existia dentro do Cristianismo. Paulo e Pedro curaram pessoas à distância. Alguns Cristãos dos primeiros séculos fizeram a mesma coisa. De forma que havia peregrinações e visitas "místicas" aos túmulos dessas pessoas. Constantino deu um jeito de potencializar mais ainda esse erro: construiu Igrejas sobre os túmulos e incentivou a adoração de mortos e imagens dentro do Catolicismo. E esse foi apenas um dos erros cometidos! O batismo de crianças foi logo introduzido, uma maneira de não deixar escapar ninguém daquela nova estrutura religiosa. E como era Decreto do Imperador não havia como se esquivar: todos tinham que ser Cristãos, quisessem ou não!

É claro que logo as bases das doutrinas Cristãs começaram a ser deturpadas e violentamente impactadas. Mas sutilmente! E aquilo que tinha aparência de Cristianismo realmente ficou só na aparência. Estava feito! A partir daí iniciou o processo. A Igreja Católica realmente despontou como líder absoluta e começou a propagar para o mundo um sistema religioso deturpado e falido, anti-bíblico e cheio de engano. Isso foi estrategicamente bem planejado por Lúcifer. Porque o Cristianismo puro não poderia crescer! O engano foi semeado... e floresceu, deu frutos que perduram até hoje. Como vocês sabem há Principados (demônios) agindo por trás dos grandes Sistemas Religiosos. Principados que monitoram, comandam, regem e perpetuam esse enganos.

Novamente ele projetou os slides e continuou falando com muita propriedade e conhecimento.

— No Segundo Ciclo o interesse maior do Império das Trevas não foi em relação ao Cristianismo pelo simples fato de que ele estava totalmente contaminado. O vírus do engano já tinha sido plantado dentro dele. O sistema religioso não oferecia qualquer perigo. Uma vez minada a base Cristã — pelo menos temporariamente — Lúcifer usou o período do Segundo Ciclo para começar a organizar os grupos que viriam a trabalhar com ele. O fato da Igreja estar inoperante garantiu tempo para que fosse organizado e treinado o nosso próprio exército.

Na verdade, os "primórdios" desse exército! Nesse período a Irmandade [Irmandade é o nome da organização satânica] começou a esboçar uma organização mais categórica. E o início da revelação estratégica do anticristo começou a ser repassado. No final do Segundo Ciclo, no ano 1.100, deu-se início às Cruzadas. Teria sido uma tentativa de levante Cristão? Ou algo bem diferente disso? Vejam por vocês mesmos: na época havia alguns líderes proeminentes dentro da Igreja Católica e que eram adoradores das Trevas. E tinham como função criar todo um desconforto em relação às atitudes dos Cristãos perante o mundo. E saboreiem a sábia artimanha!

Tudo o que é imposto à força deixa de cumprir o princípio do Amor. As Cruzadas mais destruíram do que construíram... em nome do Amor! O rótulo negativo nunca mais foi tirado. Foi mais uma tentativa de Lúcifer em causar amortecimento de todo e qualquer foco de Cristianismo autêntico. Porque as Cruzadas eram uma forma de imposição de um Cristianismo dentro dos moldes de quem? Da Igreja Católica Apostólica Romana! Que cada vez mais distanciava-se da Verdade de Deus. Ou seja, qualquer um que porventura "achasse" diferente, que quisesse ler a Bíblia ou seguir um Cristianismo puro seria sumariamente destruído. Era importante continuar semeando o erro. E por fim... o Terceiro Ciclo! Ele começou em 1332 e está para terminar. Foi um período bastante importante. A Irmandade de fato foi organizada a nível mundial.

O projeto das doze Bases foi explicitado, desde aonde seriam elas até quando deveriam estar em pleno funcionamento; a rede satânica foi estendida sobre o mundo nas suas mais diversas ramificações; as culturas foram melhor permeadas; o príncipe deste mundo consolidou a vantagem do seu reinado. Em outras palavras: a doutrina Satânica alastrou-se pelo planeta disfarçada em milhares de formas diferentes! Mas nosso pai aproveitou também para consolidar a imagem negativa da Igreja Católica, que continuava sendo a única expressão de Cristianismo. Mais pedras de tropeço foram colocadas. O mundo tinha que olhar para o Cristianismo e enxergá-lo desvirtuado! Naturalmente não há vantagem alguma em destruir o Catolicismo. É muito mais proveitoso torná-lo inoperante em termos de verdade Cristã. Alguma coisa nesse sentido foi conseguida através da Inquisição.

Nessa época, a mesma coisa: havia pessoas da Irmandade incumbidas de fazer o Cristianismo Católico continuar perdendo a credibilidade. Quanto a isso dispensa-se comentários. A Inquisição foi uma "Caça às Bruxas", em outras palavras. Mas muita gente de bem morreu, sem culpa no cartório. Uma coisa eu lhes garanto: nenhuma Bruxa de verdade, que estivesse adorando de fato a Lúcifer, foi morta. Porque a Inquisição nasceu no coração dele. Em nome de Deus queimaram-se milhares de inocentes! Não havia escapatória possível uma vez que fosse feita a acusação. Se a pessoa confessasse o "crime", morria mais rápido. Se não confessasse, morria lentamente sob tortura! Sei que todos vocês já viram os nossos troféus, não? Os instrumentos de tortura utilizados nessas épocas de glória para nós e humilhação completa para os Cristãos.

E hoje esse sangue está nas mãos deles, daqueles que dizem ter de si o Amor de Deus. Uma perversidade destas... torturar uma pessoa até a morte sendo que ela está ali, jurando de pés juntos, que é inocente! Realmente... que bela pegada de nosso pai na História. Ainda que nossa Organização não existisse como uma Entidade Internacional o objetivo foi alcançado. Mas em 1523 surgiu um imprevisto... a Reforma Protestante! Martinho Lutero entrou em cheque com o Papa Leão X por causa da venda de indulgências cujos fundos iam para a construção da nova Basílica de São Pedro em Roma. Em 31 de outubro de 1517 Lutero afixou 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. Em linguagem que todo o populacho era capaz de compreender! E isso deu início à Reforma.

E daqueles escritos brotou uma nova doutrina, uma doutrina que retomava a essência do Evangelho. Nisto veio uma mudança significativa, a princípio, e houve que se abafar novamente esta tentativa de retorno ao Evangelho verdadeiro. A Igreja Protestante também foi alvejada com sucesso nas suas bases porque logo rachou em duas e, a partir daí, surgiu uma gama incontável de ramificações dentro da denominação. O que só contribuiu para fazer desacreditada a sua doutrina. Se eles não conseguem entender-se entre si como podem querer evangelizar o mundo?! Hoje nossos esforços contra a Igreja Cristã restringem-se, vocês sabem, aos poucos Evangélicos que ainda têm a visão do Cristianismo Puro. Todas as outras linhas ditas "Cristãs" já não o são na realidade. E não oferecem mais o menor impedimento às nossas ações! A miscelânea foi total. Mas ainda que haja esse pequeno grupo dentro da Igreja Protestante — ou Evangélica — que de fato cultua ao Deus Vivo... eles estão com os dias contados. 

Constantino não encontrou grandes dificuldades para introduzir no ceio da Igreja um sincretismo religioso altamente corrosível. As trevas penetraram, tomaram conta e a Igreja se prostituiu com seus amantes. Tornou-se uma instituição que abrigou um cem número de doutrinas e práticas nocivas a fé cristã.

Israel também teve seus tropeços. Apesar de tantas manifestações do poder de Deus, erigiu altares à mesma Rainha do Céu e a Baal, o rei da Terra. A tática satânica mais bem articulada é pregar uma mensagem parecida o máximo possível com cristianismo, mas introduzindo aqui e acolá um veneno ardente que ao ser ensinado com linguajar “cristão” pode até passar desapercebido.

Paulo já predizia:

“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas" (2ª Timóteo 4:3-4)

O verdadeiro Cristianismo é aquele que era tanto pregado por Paulo, o do Evangelho puro e imaculado, dedicado única e exclusivamente a apenas uma pessoa, que é Cristo:

“O mesmo zelo que Deus tem por vocês eu também tenho. Porque vocês são como uma virgem pura que eu prometi dar em casamento somente a um homem, que é Cristo. Pois, assim como Eva foi enganada pelas mentiras da cobra, eu tenho medo de que a mente de vocês seja corrompida e vocês abandonem a devoção sincera e pura a Cristo” (2ª Coríntios 11:2-3)








ENSINOS BÍBLICOS SOBRE O ANTICRISTO
 O que a Bíblia diz sobre o Anticristo? Veja como os Planos da Nova Ordem Mundial cumprem esses ensinos com uma precisão impressionante.
A Nova Ordem Mundial está chegando! Você está preparado?
Compreendendo o que realmente é essa Nova Ordem Mundial, e como está sendo implementada gradualmente, você poderá ver o progresso dela nas
notícias do dia-a-dia!!
(Transcrição de um Programa de Rádio)


Aqui é David Bay, diretor de Old Path Ministries.
E este é The Cutting Edge, um programa de rádio dedicado a exortar e informar o povo de Deus. Estamos comprometidos com o estudo e exposição da imutável e inspirada Palavra de Deus. As visões expressas aqui são nossas e não são necessariamente compartilhadas por esta emissora.
A falência moral de nossa sociedade está bem comprovada.
Poucas pessoas compreendem por que falimos moralmente. No entanto, quando olhamos para a sociedade com os olhos de Deus, por meio da Bíblia, podemos facilmente compreender a razão de estarmos enfrentando problemas sem precedentes. O estudo dos EUA com os olhos de Deus é o que sempre tentaremos fazer aqui; fique conosco para aprender algumas verdades esclarecedoras.

Ensinos Bíblicos Sobre o Anticristo

I — Introdução
Em programas passados, examinamos o aparecimento planejado do Anticristo a partir da perspectiva da Nova Era. Estudamos como os planos deles, se executados, cumprirão muitas profecias bíblicas. Hoje, estudaremos algumas dessas profecias. A revelação bíblica sobre o Anticristo é tirada do livro Things to Come, de J. Dwight Pentecost, págs. 332-329, a não ser que indicado de outra forma.
II — Definição
O Anticristo é uma pessoa que receberá poder no fim dos tempos. Ele afirmará ser Jesus Cristo vindo uma segunda vez.
"Ele é o líder da última forma de domínio mundial gentílico, e deverá ser de origem gentia, isto é, não-judeu." (Apocalipse 13:1; 17:15, pág. 332) Ele também surgirá do mundo gentio (Daniel 9:26-27).
III — Características
A. Governo
  • "Sua influência é mundial". (Apocalipse 13:8, pág. 333) Deus revelou na Torre de Babel (Gênesis 11:1-9) que Seu plano para as nações do mundo é a existência de nações soberanas, nenhuma delas com controle absoluto sobre todo o mundo. No entanto, durante os últimos dias, o Anticristo exercerá uma ditadura suprema sobre todo o globo. Essa ditadura será política, espiritual e econômica. Vemos esse controle político em Apocalipse 13:16, em que ele força tanto pequenos e grandes a receber a Marca da Besta. A palavra "grande" aqui significa literalmente aqueles que são poderosos politicamente. Vemos o aspecto espiritual em forçar a todos a adorá-lo. (Apocalipse 13:8) Finalmente, vemos a ditadura econômica em Apocalipse 13:16-17, em que ninguém pode comprar ou vender nada sem a Marca do Anticristo.
  • "Ele elimina três reis em sua ascensão ao poder". (Daniel 7:8, 24, pág. 333) Interessantemente, esses três reis a quem o Anticristo destruirá em sua ascensão ao poder são parte dos dez reis que governarão o mundo nos últimos dias. Esses reis também são chamados de chifres e de dedos (Daniel 2:41-44 & 7:24) Muitos estudiosos ensinam que esses dez reis representam o Mercado Comum Europeu (o Antigo Império Romano). No entanto, preferimos uma interpretação muito mais ampla para a identidade dos dez dedos de Daniel 2. Achamos que a linguagem de Daniel 2 e 7 indicam que o reino final não é um Império Romano Restaurado; ao contrário, é a forma final de um Império Romano que nunca deixou de existir. Em sua forma final, ele se expandirá para cobrir o mundo inteiro. Essa interpretação ficaria consistente com a interpretação da figura da estátua em Daniel 2, dos quais os dez dedos são a parte final. Essa interpretação também seria consistente com a conclusão de J. Dwight Pentecost em seu livro Things to Come.

Deus parece estar dizendo aqui que as nações do mundo nos últimos dias serão reorganizadas em dez supernações. Assim que essa reorganização estiver completada, o Anticristo aparecerá (o décimo-primeiro chifre, Daniel 7:8). Os planejadores da Nova Ordem Mundial já conceberam a Reorganização em Dez Nações. Em 1974, um livro intitulado Mankind at the Turning Pointesquematizou uma reorganização das mais de 170 nações soberanas do mundo em dez supernações. Relacionamos em seguida essas dez supernações:
  1. América do Norte
  2. Europa Ocidental
  3. Japão
  4. Austrália, África do Sul e o resto da economia de mercado do mundo desenvolvido
  5. Europa Oriental, incluindo a Rússia
  6. América Latina
  7. Norte da África e o Oriente Médio
  8. África Tropical
  9. Sul e Sudeste da Ásia
  10. China.
Em 1991, o presidente George Bush e o Congresso americano começaram a criar a entidade econômica formada pelo Canadá, Estados Unidos e México. A supernação América do Norte já é uma realidade agora. A Europa Ocidental é a Comunidade Econômica Européia, que tornou-se realidade em dezembro de 1992. Japão e China já existem. A Rússia e a Europa Oriental já tiveram no passado seu bloco econômico e político e poderão reimplantá-lo sob novas bases. O Mercosul entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, tem tido resultados positivos e logo será ampliado para incluir outros países latino-americanos. As outras entidades regionais que formarão essa organização, poderão ser criadas a qualquer momento, por simples voto das Nações Unidas. A hora realmente já está bem avançada.
* "O Anticristo é o líder do sistema ímpio de Satanás (2 Tessalonicenses 2:3) Ele é o exemplo supremo de rebelião contra Deus. A blasfêmia pode ser expressa de duas formas básicas:
1. Dizer coisas que difamam o caráter de Deus.
2. Afirmar ser Deus
O Anticristo será culpado desses dois tipos de blasfêmia. Daniel o retrata em 7:20 como um chifre que tinha uma boca que falava grandes coisas; Daniel 11:36 revela que: "E este rei fará conforme a sua vontade, e levantar-se-á, e engrandecer-se-á sobre todo deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas espantosas, e será próspero, até que a ira se complete; porque aquilo que está determinado será feito." Vemos isso claramente na afirmação que Maitréia dirá ser um Adepto Ocultista de Sétimo Nível, enquanto que a Consciência de Cristo que veio sobre Jesus Cristo era somente a de um Adepto de Quarto Nível. (Constance Cumbey, Hidden Dangers of the Rainbow, págs. 96-99, leia a resenha). Como a população do mundo responderá a essa incrível blasfêmia? Daniel 11:36 prediz que ele "prosperará até que se cumpra a indignação; porque aquilo que está determinado será feito." Em Apocalipse 13, vemos o Anticristo convencendo os povos do mundo que ele é Deus e que, portanto, é digno de adoração e lealdade. A expressão dessa lealdade requererá que toda pessoa não-salva na terra permita que a marca seja permanentemente implantada na mão ou na testa.
B. Características Pessoais
* "O Anticristo será marcado por inteligência e poder de persuasão". (Daniel 7:8, 20; 8:23) Além disso, ele será entendido em intrigas, ou enigmas, o que significa que será um adepto no ocultismo. O domínio do ocultismo lhe dará grande poder sobre os outros líderes mundiais. A história registra que Adolf Hitler possuía a capacidade de sobrepujar outros líderes mundiais em discussões face a face fazendo uso de seus poderes ocultistas.
Realmente, o Plano da Nova Ordem Mundial afirma que o Anticristo será o Supremo Adepto de todos os tempos. (Alice Bailey, The Externalization of the Hierarchy) O domínio do ocultismo é simbolizado pelo olho que tudo vê [o símbolo na figura ao lado aparece no verso da nota de US$ 1].
* "Ele será reconhecido por sua sutileza e engenhosidade (Ezequiel 28:6)". Outro modo de dizer isso é que ele será extremamente enganoso. Daniel 8:23, 25, usa palavras como "entendido de intrigas (enigmas) e astúcia nos seus empreendimentos" para descrever o Anticristo. Sua falsidade o ajudará a atingir seus objetivos. Lembre-se das advertências de Jesus Cristo em Mateus 21:11 & 24, que esse falso Cristo operará "grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos." Essas advertências das atividades enganosas leva-nos ao Apocalipse 13:13-14, em que o Falso Profeta e o Anticristo operam falsos milagres sobrenaturais para enganar a população do mundo. Em programas anteriores, falamos sobre o que deverão ser alguns desses milagres aparentemente sobrenaturais e falaremos mais em outros programas.
A maior característica de todo o sistema do Anticristo, a Nova Ordem Mundial, é a total enganação. Na verdade, os escritores da Nova Ordem Mundial vangloriam-se dos enganos que planejam contra a população, pois arrogantemente crêem que a vasta maioria das pessoas é estúpida e preguiçosa demais para saber o que é melhor para eles. Somente os Planejadores da Nova Ordem Mundial sabem o que é melhor para o mundo, e determinaram que somente poderão atingir seus objetivos enganando deliberadamente as pobres massas. (Bill Cooper, Behold a Pale Horse (leia a resenha), pág. 49; Peter Lemesurier, The Armaggedon Script (leia a resenha), págs. 215-252.
* "Ele recebe sua autoridade de Satanás e é controlado por Satanás" (Apocalipse 13:4; Daniel 8:25). O Anticristo tentará aniquilar os cristãos durante os 3 anos e meio finais da Tribulação. (Daniel 7:25, 12:7, Apocalipse 13:1-6) Por que Deus permitiria que aqueles que receberam a Jesus como Senhor e Salvador sejam mortos? Deus revela, em Daniel 11:34-35 que seus santos "Serão provados, purificados e embranquecidos, até ao tempo do fim". É incrível, mas Deus tem em mente um número específico de cristãos que morrerão como mártires, como vemos em Apocalipse 6:9-11: "E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram." Apocalipse 12:11 ilustra ainda mais esse martírio: "... e não amaram as suas vidas até à morte."
Essa vitória temporária do Anticristo sobre os seguidores de Jesus Cristo é ilustrada em Daniel 12:7b, em que Deus diz que a vitória do Anticristo "destruirá o poder do povo santo". Jesus Cristo pessoalmente intervirá quando retornar fisicamente para destruir o poder do Anticristo, lançando-o no lago de fogo.
* Deus atribuiu o número 666 à pessoa e ao nome do Anticristo (Apocalipse 13:17-18). Como o Anticristo será um ditador todo-poderoso, acreditamos que seu sistema incorporará muitas das suas características. Assim, elementos do seu sistema serão identificados com o número '666'. Curiosamente, a revelação de Deus sobre o Anticristo é dada no Capítulo 13, no verso 18. É coincidência que 18 é 6+6+6? A autora cristã Mary Relfe, em seu livro The New Money System, diz: "Em 1798, um ministro metodista, Adam Clarke, escreveu: 'A Marca da Besta será um número de 18 dígitos, 6+6+6'. Em 1977, o Dr. Harnick Eldeman, Analista Chefe para a Comunidade Econômica Européia, anunciou que estava pronto para começar a atribuir um número a todas as pessoas do mundo; e que planejava usar uma unidade de três séries de seis dígitos, ou seja, 18 números. (pág. 152) É também coincidência que cada cidadão americano hoje está pessoalmente identificado por um número de Seguro Social de nove dígitos, mais um Código de Endereçamento Postal de nove dígitos? Acreditamos que a hora está realmente bem avançada.
IV — Aparecimento
* "Ele aparecerá em cena na hora final da história de Israel" (Daniel 8:23) e "sua ascensão virá por meio do seu programa de paz (Daniel 8:25, Pentecost, pág. 333). O mundo hoje já está condicionado, após tantas guerras e rumores de guerra a desejar a paz a qualquer custo. As manchetes e os editoriais dos jornais expressam o desejo por Paz e Segurança, exatamente como o apóstolo Paulo predisse em I Tessalonicenses 5:2. As dores do parto (Mateus 24) que precederão o Anticristo são tremendos atos de violência e levantes, guerras e rumores de guerra, terremotos em todo o mundo, fomes e pestes. Esses eventos ocorrerão nos dias, semanas e meses que precedem o aparecimento do Anticristo. Na verdade, Maitréia, o Cristo, aparecerá no meio desses levantes e desastres, recebendo crédito para solucioná-los. Este poder sobrenatural de solucionar todos esses desastres formará a base para a maioria da população do mundo a aceitá-lo como Messias. O Anticristo será apoiado pelos muitos falsos milagres que o Falso Profeta realizará na sua presença. O Falso Profeta convencerá a população do mundo a adorar a imagem do Anticristo (Apocalipse 13:15) sob a ameaça de morte física. Neste ponto, o Anticristo e o Falso Profeta estarão trabalhando juntos como mão e luva.
Em junho de 1993, o boletim informativo Prophecy in the News trouxe um artigo muito interessante, pois parecia preparar o cenário para o cumprimento de Daniel 9:27. A profecia de Daniel diz aqui que ele (o Anticristo) fará firme aliança com muitos por uma semana (que é uma semana de anos, não de dias). Esse período de sete anos é mais popularmente conhecido como Tribulação. O Estado de Israel foi formado em 1948 e até hoje não tem um Pacto Nacional, um equivalente de uma Declaração de Independência.
Até agora. Em 14/5/1992, os líderes religiosos e políticos judeus criaram um Pacto Nacional e anunciaram que circularia entre os líderes e o povo durante um ano inteiro. Depois, em 14/5/1993, o Pacto assinado seria oficialmente ratificado. Essa ação ocorreu conforme planejado. Agora, Israel tem um Pacto Nacional que o Anticristo poderá confirmar. Esse evento é muito interessante pois parece anunciar a aproximação do fim dos tempos. Se fosse o único sinal dos tempos, eu o rejeitaria como irrelevante; mas, é somente um dentre dezenas de profecias que estão se cumprindo agora, ou que já se cumpriram.
Brevemente, o Anticristo aparecerá afirmando ser Jesus Cristo. Ele terá o apoio de dez líderes políticos do recém-criado Governo Global das Dez Supernações e do Falso Profeta. O Falso Profeta será uma figura proeminente, pois é quem realiza a maioria dos milagres destinados a enganar a população do mundo e levá-la a adorar o Anticristo. É o Falso Profeta que faz a população mundial aceitar a marca da Besta na fronte ou na mão direita, sem o que ninguém poderá comprar ou vender. Não se engane, o Falso Profeta será alguém que estará ocupando uma posição muito importante.
No entanto, o Anticristo e os líderes da Confederação de Dez Nações detestarão o Falso Profeta e seu sistema religioso. Esse ódio será tão grande que, na primeira oportunidade possível, eles destruirão o sistema Religioso Falso, que Jesus chama de "Grande Meretriz". Vemos essa profecia em Apocalipse 17:16: "E os dez chifres que viste na besta são os que odiarão a prostituta, e a colocarão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo." Essa descrição lembra os efeitos de uma bomba atômica; na verdade, Alice Bailey continuou sua dissertação sobre o uso de armas atômicas pelo Anticristo. Ela disse: "... a bomba atômica pertence às Nações Unidas para uso ou... ameaça de uso quando houver ação agressiva da parte de qualquer nação do mundo... Não importa se essa agressão ocorra da parte de nações ou... a Igreja de Roma, que não aprende a não se intrometer na política..." [The Externalization of the Hierarchy, pág. 548].
Assim, você pode ver a hostilidade que os planejadores da Nova Ordem Mundial têm pela Igreja Católica Romana, contra quem Alice Bailey ameaçou usar armas nucleares.
* O aparecimento do Anticristo será "precedido por um afastamento, ou um afastamento da fé ou a partida dos Santos para estarem com o Senhor". (2 Tessalonicenses 2:1-3) (Pentecost, pág. 332) Como já afirmamos repetidamente nas semanas passadas, esse abandono da fé já está ocorrendo. As igrejas protestantes liberais, que participam no Conselho Mundial de Igrejas, estão negando a divindade de Jesus Cristo, a inspiração das Escrituras, e muitas outras doutrinas fundamentais. Uma vez que esse afastamento da fé esteja suficientemente completado, o Anticristo poderá aparecer. Estamos neste ponto agora com o Conselho Nacional de Igrejas e o Conselho Mundial de Igrejas.
Se o Espírito Santo quis indicar que o afastamento mencionado anteriormente se refere ao arrebatamento dos Santos de Deus, o Anticristo só poderá ser revelado após o arrebatamento. Muitos estudiosos mantêm essa interpretação.
Somente o tempo dirá qual interpretação é correta, mas nós, cristãos, devemos estar preparados para enfrentar o aparecimento enganoso do Anticristo. Como é possível que os cristãos presenciem o aparecimento do Anticristo, como devemos saber com certeza que estamos vendo o falso? A Bíblia nos dá algumas orientações:
  1. O Falso Cristo precederá o verdadeiro.
  2. Jesus ensinou (Mateus 24:31-41) que todos os cristãos o encontrarão nos ares. Paulo reafirma esse ensino em I Tess 4:13-18. Assim, se seus pés estiverem firmes no chão quando estiver olhando para a pessoa que afirma ser Jesus Cristo, pode saber que é um Falso Cristo.
  3. A profecia bíblica indica duas vindas do Messias. Ele vem primeiro como Servo Sofredor e depois como Rei. Sabemos que Jesus cumpriu as profecias sobre o Servo Sofredor em sua primeira vinda. Quando retornar na segunda vez, virá como um Rei. Portanto, ele não repetirá as profecias sobre o Servo Sofredor, como entrar em Jerusalém montado em um jumento. No entanto, é possível que o Anticristo encene o cumprimento dessa profecia. Além disso, quando o Falso Messias aparecer, ele virá como um homem de paz, pois "soluciona" os desastres planejados do mundo. No entanto, quando Jesus Cristo retornar realmente, ele virá como um Rei Vingador, cujo primeiro ato oficial será prender o Falso Messias e o Falso Profeta, destruindo seus exércitos na batalha de Armagedom.
  4. Quando Jesus Cristo retornar, "todo olho o verá" (Apocalipse 1:7). Essa profecia não pode ser cumprida pela televisão, pois a metade da população do planeta ainda não tem aparelho de TV.
  5. O Espírito Santo selou todos os cristãos para o Dia da Redenção. Portanto, ele fará com que todo verdadeiro cristão saiba a verdade. No entanto, devemos lembrar das palavras de Jesus em Mateus 24:26: "Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis." Quando o Anticristo aparecer, ele será acompanhado por tremendo poder psíquico, por milagres sobrenaturais, técnicas subliminares e mensagens de controle da mente. Eu aconselharia os cristãos a não o assistirem na televisão, pois todos esses recursos estarão sendo utilizados em larga escala.
VI — Condenação
Deus já declarou que o Anticristo será lançado no lago de fogo e enxofre. Na sua segunda vinda, o Senhor Jesus Cristo pessoalmente matará o Anticristo. (Daniel 8:25) Depois disso, Deus estabelecerá seu reino para sempre. Amém.
VII — Conclusão
A Nova Ordem Mundial será o reinado do Anticristo. O aparecimento dele está próximo. As profecias bíblicas referentes aos últimos dias estão sendo cumpridas pelos planos da Nova Ordem Mundial. Os "espíritos-guia" ocultistas da Nova Era também estão dizendo que o aparecimento do Anticristo está próximo. Juntas, essas duas fontes fornecem evidência que estamos caminhando em direção ao período chamado de Tribulação. Quais ações precisamos tomar para nos prepararmos?
  1. Purificar nossos corações e nossas mentes recebendo Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Lembre-se da revelação de Deus em Daniel 11:35: "E alguns dos entendidos cairão, para serem provados, purificados, e embranquecidos..." Você está espiritualmente preparado para esse teste de purificação, se tiver que passar pela Tribulação? O primeiro passo é obter o perdão dos pecados pessoais aceitando o sacrifício de Jesus Cristo e crendo no poder remidor do sangue que ele verteu na cruz.
  2. O segundo passo é a separação deste sistema iníquo chamado mundo. As palavras de Jesus em Apocalipse 18:4 se aplicam aqui: "Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas." Muitos cristãos estão hoje tolerando o pecado em suas vidas, pois eliminá-lo pode significar sair do sistema iníquo que está criando a oportunidade para pecar. Talvez você esteja trabalhando em um emprego que requer que compre ou manipule mercadorias que sabe serem pecaminosas; talvez seu empregador exija que você atue de forma não-ética no trabalho, por exemplo, mentindo para os clientes. Talvez você esteja sabidamente envolvido em uma situação pecaminosa, como por exemplo, adultério.
AGORA é hora de abandonar toda a impiedade, purificando-se no sangue de Jesus Cristo e começar a viver em obediência aos seus mandamentos.
3. Muitos cristãos estão participando em igrejas que estão se desviando da verdadeira doutrina bíblica, tentando estar "positivo" sobre todas as "boas" coisas que a igreja está fazendo. Lembre-se das palavras de Paulo em 1 Coríntios 5:6: "Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós."
Uma pequena quantidade de falsa doutrina, ou o abandono da doutrina verdadeira, pode arruinar uma igreja. Agora é hora de todos os cristãos verdadeiros se posicionarem e defenderem a Verdade de Jesus Cristo.
4. Conhecer as Escrituras é fundamental. Você precisa iniciar um programa de leitura diária da Bíblia, memorizando versículos. Quando entrarmos na Nova Ordem Mundial, os cristãos serão perseguidos e suas Bíblias confiscadas. Daí, a importância de memorizar versículos bíblicos.
5. Oração diária é agora uma necessidade. Crie uma Lista de Pedidos de Oração e ore diariamente pelas pessoas e coisas na sua vida que precisam ser levadas diante do Senhor. A oração humilde diante do Senhor pode alcançar grandes bênçãos.

Você está preparado espiritualmente? Sua família está preparada? Você está protegendo seus amados da forma adequada? Esta é a razão deste ministério, fazê-lo compreender os perigos iminentes e depois ajudá-lo a criar estratégias para advertir e proteger seus amados. Após estar bem treinado, você também poderá usar seu conhecimento como um modo de abrir a porta de discussão com uma pessoa que ainda não conheça o plano da salvação. Já pude fazer isso muitas vezes e vi pessoas receberem Jesus Cristo em seus corações. Estes tempos difíceis em que vivemos também são tempos em que podemos anunciar Jesus Cristo a muitas pessoas.
Se você recebeu Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, mas vive uma vida espiritual morna, precisa pedir perdão e renovar seus compromissos. Ele o perdoará imediatamente e encherá seu coração com a alegria do Espírito Santo de Deus. Em seguida, você precisa iniciar uma vida diária de comunhão, com oração e estudo da Bíblia.
Se você nunca colocou sua confiança em Jesus Cristo como Salvador, mas entendeu que ele é real e que o fim dos tempos está próximo, e quer receber o Dom Gratuito da Vida Eterna, pode fazer isso agora, na privacidade do seu lar. Após confiar em Jesus Cristo como seu Salvador, você nasce de novo espiritualmente e passa a ter a certeza da vida eterna nos céus, como se já estivesse lá. Assim, pode ter a certeza de que o Reino do Anticristo não o tocará espiritualmente. 
Artigo patrocinado por: M. S. T. — Ribeirão Preto / SP
Revisão: http://www.TextoExato.com
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/ce1080.asp

O Evangelho da Graça

[...] contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” Atos 20.24


O EVANGELHO DA GRAÇA
Professor, iniciando a aula, leia o seguinte versículo: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.8). Faça uma reflexão com os alunos mostrando que se hoje estamos firmes com Cristo é porque um dia nós fomos alcançados pela maravilhosa Graça de Deus. Além de nos salvar pelo ato da sua graça, Deus nos preparou as boas obras para que andássemos por elas. Explique que as boas obras não salvam, mas dá um poderoso testemunho diante da sociedade sobre o quanto fomos alcançados pela graça divina.

A doutrina da Graça de Deus é uma das verdades mais gloriosas das Sagradas Escrituras. A convicção de que não há nada na pessoa humana capaz de preencher o vazio da alma, isto é, o restabelecimento da nossa ligação com Deus e o significado do sentido último da vida, e saber que só Deus é capaz de fazer esse milagre em nós, mostra-nos o quão miserável nós somos e quão misericordioso Deus é.

A doutrina da Graça apresenta-nos o misericordioso Deus, que em Jesus Cristo estava reconciliando o mundo consigo mesmo (2Co 5.19), operando em nós para o reconhecermos Pai amoroso. Por isso, apresentar a doutrina da Graça ao pecador é conceder-lhe libertação da prisão do pecado, a autonomia da fé em Cristo e o privilégio em sabermos que não há nada que pode separar-nos do amor de Deus (Rm 8.33-39).

Caro professor, quando falamos da Graça de Deus, inevitavelmente, chegaremos ao tema da eleição divina. Como a graça de Deus nos alcançou? A graça de Deus é arbitrária sem levar em conta a responsabilidade humana? Qualquer estudo sobre a eleição divina tem de partir obrigatoriamente da Pessoa de Jesus. Em Jesus não achamos qualquer particularidade divina em eleger alguns e deixar outros de fora, resultado de uma escolha divina arbitrária e individualizada antes da fundação do mundo. A escolha de Deus se deu em Jesus (Ef 1.4; Rm 8.29). Nele, a salvação é oferecida a todos (2Pe 3.9; cf. Mt 11.28), e, pela sua presciência, o nosso Senhor sabe quem há de ser salvo ou não. A eleição de Deus leva em conta a volição humana, pois é um dom dEle mesmo à humanidade. Assim, quando levamos em conta a volição (ação de escolher ou decidir) humana não esvaziamos a soberania de Deus e da sua Graça. Pelo contrário, afirmamos a sua soberania, pois Deus escolheu fazer um homem autônomo. Afirmamos também que a graça de Deus opera, restaurando a capacidade do homem de se arrepender e crer no Evangelho (1Tm 4.1,2; Mt 12.31,32).

O evangelho da graça de Deus é por excelência o evangelho da libertação do homem através do sacrifício salvífico de Jesus Cristo.

O apóstolo Paulo era um pastor cuidadoso em extremo com o rebanho do Senhor sob seus cuidados. Quando escreveu a primeira epístola a Timóteo, este se encontrava em Éfeso, cumprindo a orientação de Paulo, a fim de ministrar as devidas orientações àquela igreja, ante as ameaças de falsos mestres que se infiltraram no seio dos irmãos e já estavam semeando seus ensinamentos perniciosos.

O jovem obreiro não era o pastor da igreja de Éfeso, mas recebera a grande e grave incumbência de não só advertir a igreja, mas de confrontar os que se tornaram instrumentos a serviço da semeadura das heresias. O problema era tão grave que Paulo fugiu ao seu estilo peculiar de redigir suas cartas. Normalmente, ele começava algumas de suas epístolas com ações de graças (Rm 1.8; 1Co 1.4; 2Co 1.2).

A leitura geral da epístola não dá informações claras sobre quais heresias estariam sendo difundidas no meio da igreja. Paulo vai direto ao assunto, abordando o problema dos ensinos falsos que estavam sendo repassados pelos “falsos mestres”, os quais se aproveitavam das dificuldades próprias da época, em que as comunicações eram escassas e demoradas, para contaminar a mente dos crentes, especialmente dos novos decididos, com seus ensinos perniciosos.

“Como te roguei, quando parti para a Macedônia, que ficasses em Éfeso, para advertires a alguns que não ensinem outra doutrina, nem se deem a fábulas ou a genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé; assim o faço agora” (1Tm 1.3,4 - grifo nosso). Que seria essa “outra doutrina”, essas “fábulas” e essas “genealogias intermináveis”? O texto não esclarece. Estudiosos da Bíblia entendem que poderiam ser os ensinos gnósticos ou dos judaizantes. Ao que tudo indica em Éfeso, além da perseguição externa, havia também a perseguição interna, dos falsos mestres, de dentro da própria igreja. Em sua despedida dos anciãos de Éfeso, Paulo expressou seus sentimentos de preocupação com o rebanho de Deus (At 20.29,30). Sem dúvida, fora uma palavra profética. Sete anos depois, Paulo estava deixando Timóteo em Éfeso, para fazer face aos “lobos cruéis”, que queriam “devorar” o rebanho sob seus cuidados pastorais.


I - AS FALSAS DOUTRINAS CORROMPEM O EVANGELHO DA GRAÇA
1. O Evangelho da Graça

O evangelho da graça é o evangelho libertador que Cristo trouxe ao mundo, por mercê de Deus, independentemente das obras humanas (Ef 2.8,9). Paulo se referiu a esse evangelho de maneira muito eloquente em Atos 20. 24. Ele entendeu bem o que significa o “evangelho da graça de Deus”. Ele, que em seu zelo extremista em defesa do judaísmo, cometeu atos absurdos, a ponto de consentir na morte de seguidores de Cristo, sendo testemunha e cúmplice de Estêvão (At 7.58; 8.1). Ele próprio, julgando estar fazendo a vontade de Deus, tornou-se líder da perseguição aos servos de Jesus, mas foi escolhido para ser uma testemunha da graça e da misericórdia de Deus. A superabundante graça do Senhor Jesus Cristo não só escolheu, como chamou e acolheu Paulo, como ministro do evangelho, mas o enviou a ser um dos maiores e mais destacados líderes da evangelização do mundo, em sua época.

2. As Falsas Doutrinas

O evangelho da graça de Deus é bem diferente de “outro evangelho” (G1 1.8), que era pregado em Éfeso e em diversos lugares por onde Paulo passara, fundando igrejas. Escrevendo a Timóteo, o apóstolo orienta bem acerca dos ensinos estranhos à “sã doutrina”.

1) “Outra doutrina”

“Como te roguei, quando parti para a Macedônia, que ficasses em Éfeso, para advertires a alguns que não ensinem outra doutrina” (1Tm 1.3). Esse versículo mostra que os falsos mestres não eram apenas pessoas de fora da igreja, que difundiam a doutrina herética do gnosticismo ou do judaísmo. Estudiosos das epístolas paulinas entendem que se tratava de presbíteros, a quem cabia a tarefa de ministrar o ensino à igreja (1Tm 5.17). Sem dúvida, isso se deve ao fato de que o “bispo” ou o presbítero deve ser “apto para ensinar” (1Tm 3.2). Esses ensinadores se deixaram influenciar por ensinamentos estranhos e passaram a ensinar “outra doutrina”. No grego original, “outros” vêm de “heteros", no caso, “doutrina estranha”, “falsificada”, “diferente”. Ou “não ensinar diferente” (gr. heterodidaskalein).
“Os oponentes do apóstolo são aqueles que (literalmente) ‘ensinam outra/diferente’. Embora desejem ser ‘doutores da lei’ (v.7), não são mais do que ensinadores de inovações, isto é, daquilo que é alheio ao verdadeiro evangelho”.1

2) “Fábulas ou genealogias intermináveis”

Para o destinatário da carta em apreço, essas expressões eram familiares. Mas, para os leitores dos tempos atuais, tão distantes daquele período em que foi escrita, o que seriam essas “fábulas” e essas “genealogias”? Fábulas (gr. mythoí) são lendas, narrativas imaginárias, mentiras, invencionices literárias, que podem ter lições positivas ou negativas. “O termo ‘fábulas’ ou ‘mitos’ (mythos) poderia incluir narrações alegóricas, lendas ou ficção, ou seja, doutrinas espúrias em contraste com a verdade do Evangelho”.2
Os gnósticos desenvolviam cultos aos anjos, e acreditavam que eles seriam guardiões que levavam as pessoas a Deus. Esses falsos ensinos resultavam em “questões” vazias, discussões que não levavam a lugar nenhum em termos de edificação dos crentes (cf. 1Tm 1.4). Não é de admirar que tais ensinos tivessem lugar no seio da igreja cristã, como em Éfeso.

Genealogias (gr.genealogiai) significam “linhagem, estirpe, ascendência. A: descendência”,3 ou estudo das origens das linhagens, ascendências e descendências de determinados grupos sociais ou famílias. Não fica claro, no texto a que se referem essas genealogias. Mas, ao lado das fábulas, eram ensinos que demandavam o confronto decidido e firme da liderança eclesiástica. As genealogias não eram vistas apenas como lista de ascendentes e descentes de uma linhagem. Os gnósticos as consideravam de forma mítica, como temas centrais de sua teologia espúria. Dá para imaginar a confusão que tais ensinos causavam no meio de igrejas cristãs, que recebiam muitos novos convertidos. Timóteo foi o mensageiro, enviado por Paulo, para enfrentar “o bom combate” da fé genuína, que se fundamenta na ortodoxia da “sã doutrina” (1Tm 1.10; 2Tm 4.3; Tt 1.9).


3) “O fim do mandamento”

Após exortar com firmeza contra as “fábulas” e as “genealogias” intermináveis, que só trazem perturbações, discussões inúteis e fúteis, Paulo chamou a atenção de Timóteo para a doutrina prescritiva de Deus e de Cristo, a que ele resumiu no “mandamento”, e sua finalidade, dizendo: “Ora, o fim do mandamento é a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida. Do que desviando-se alguns, se entregaram a vãs contendas” (1Tm 1.5,6).

Mas a Palavra de Deus, ou a sua doutrina (gr. didakê), tem por finalidade a transformação espiritual do ser humano. Essa transformação se dá de fora para dentro, pela ação sobrenatural e eficaz da Palavra (Hb 4.12). Essa é a finalidade do “mandamento” ou do ensino cristão. Provocar mudança eficaz no interior do homem. Paulo expressa bem essa transformação em 2 Coríntios 5.17. É o que ele expressa a Timóteo: que o ensino, a doutrina ("o mandamento”) não produz efeito superficial, mas profundo, que resulta na “caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida”. Os gnósticos dividiam-se em dois grupos: os ascetas e os libertinos. Os ascetas pregavam o afastamento do mundo, do contato com os homens e as mulheres, para terem uma vida monástica, sobre as montanhas, ou o mais distante das cidades, para não se contaminarem com as coisas materiais, incluindo o corpo, que é mau.


A corrente dos libertinos tinha outro direcionamento para a purificação do corpo. Era a sua destruição, na libertinagem, na depravação sexual desenfreada. Buscavam a purificação pela destruição do corpo. Certamente, Timóteo teve muito trabalho em usar a Palavra de Deus para desmanchar a influência desse tipo de doutrina. Esse “mandamento” a que Paulo se referia eram as exortações, os ensinos e a “sã doutrina” (Tt 2.1), cujo objetivo ou finalidade era promover três importantes resultados na vida dos crentes: “a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida”. Essa caridade, que se revela num “coração” puro, não é qualquer tipo de “amor”, mas o verdadeiro amor cristão, que deriva do amor Àgape, ou amor de Deus. E se concretiza, ou se materializa, não em teoria, mas num viver santo e puro, conforme a Palavra de Deus. E o amor que faz o crente amar a Deus em primeiro lugar, e “ao próximo como a si mesmo” (Lc 10.27). Jesus refere-se aos que têm “coração puro”. São os “limpos de coração, porque eles verão a Deus” (Mt 5.8).


A segunda evidência desse “mandamento” é “uma boa consciência” cristã. No vernáculo, consciência significa “conhecimento, ciência”; “A consciência é a capacidade, ou sede, da consciência moral, comum a todas as pessoas” (Rm 2.15; 2Co 4.2)”;4 a consciência natural, do homem não salvo é influenciada por muitos fatores, tais como sua origem, sua história, bem como sua nova vida em Cristo (2Co 5.17); mas, na Bíblia, consciência é mais que isso, é a convicção interior da condição cristã, na comunhão com Cristo. E o sentimento de firmeza de pensamento; é a certeza da comunhão com Deus. E a “boa consciência” no andar com Deus (At 23.1; 1Pe 3.21); é “ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens” (At 24.16); é a “voz interior”, que acusa ou defende cada pessoa (Rm 2.15); é a consciência que leva o crente a obedecer a Deus, independentemente de quem quer que seja (Rm 13.5); é o testemunho interior da conduta do crente (2Co 1.12); é a consciência do crente que serve a Deus com pureza (2Tm 1.3); é o contrário da “má consciência” (Hb 10.22).


Os “falsos mestres”, que perturbaram a igreja em Éfeso, não tinham essa “boa consciência” cristã. Eles certamente falavam, ensinavam e agiam conforme a consciência deles (2Tm 4.1); eram hipócritas, falavam mentiras e tinham “cauterizada a sua própria consciência” (2Tm 4.2). O terceiro resultado, fruto do “mandamento”, ou da Palavra de Deus, na vida do crente, é “uma fé não fingida”. Tem o sentido de fé sincera, autêntica, verdadeira. “Aqui, fé não fingida refere-se à virtude cristã, significa confiar em que Deus está presente de verdade, em contraste com a natureza enganosa da ‘fé’ dos mestres do erro”.5 É a “fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3). No dizer de Paulo, os “falsos mestres queriam ser doutores da lei e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam (1Tm 1.7). Por isso mesmo, davam-se a fábulas e a genealogias intermináveis” (1Tm 1.4), com o que se embaraçavam e embaraçavam seus ouvintes. Certamente, era uma ação diabólica, promovendo a confusão entre os cristãos de Éfeso.


4) A lei e a quem se destina

Como os falsos mestres da lei (nomos didaskalos), ou “professores” da lei, manipulavam os textos do Antigo Testamento, Paulo, escrevendo, disse que sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente (1Tm 1.8). Os ensinos da Lei de Moisés tinham seu bom efeito, se fossem bem interpretados e aplicados à vida da igreja, ou seja, mediante o uso legítimo do texto legal. Mas os fariseus, os saduceus e os doutores da lei nem sempre usavam seus textos de modo correto e legítimo.

Eles exigiam o cumprimento estrito e literal da lei, mas eles próprios não o faziam (Mt 23.23). Ou seja, fariseus davam o dízimo de tudo, até das menores coisas, mas desprezavam o mais importante da lei: “a misericórdia e a fé”. Ser dizimista fiel é uma bênção. É o reconhecimento e a gratidão de que tudo o que temos vem de Deus (cf. 1 Cr 29.14). Mas a entrega dos dízimos e das ofertas para a obra do Senhor não dão direito a desprezarmos os sagrados princípios bíblicos de santidade, ética e pureza em nossas vidas.

Paulo ensina acerca do objetivo da lei, e para quem ela se destinava; sabendo isto: que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas [que matam seus pais] e matricidas [que matam suas mães], para os homicidas, para os fornicadores [em outra tradução é “devassos”; “impuros”, gr. pomos; “no moderno vocabulário, esta última palavra indica a prática ilícita de contatos sexuais antes do casamento”,6 os que praticam atos sexuais ilícitos], para os sodomitas [homossexuais ativos, que fazem o papel de macho], para os roubadores de homens [sequestradores ou traficantes de pessoas], para os mentirosos, para os perjuros [que proferem falso juramento] e para o que for contrário à sã doutrina, conforme o evangelho da glória do Deus bem-aventurado, que me foi confiado” (1 Tm 1.9-11 - informações explicativas acrescentadas).


II - A GRAÇA SUPERABUNDOU A FÉ E O AMOR
1. Gratidão a Deus

Uma das características marcantes no caráter de Paulo é o ser grato a Deus (Rm 7.25; 1Co 1.4; 14.18; 2Tm 1.3). Ele expressa sua gratidão a Cristo por tê-lo escolhido e posto no ministério apostólico e pastoral, apesar de ter sido um terrível opositor do evangelho de Jesus, em sua vida pregressa (1Tm 1.12,13). E mais uma demonstração do que o “evangelho da graça de Deus” pode fazer na vida de um homem.

2. Humildade na Grandeza Espiritual

Já fazia bastante tempo desde a conversão de Paulo ao evangelho de Cristo, ocorrida de forma dramática, no caminho de Damasco. Ele não era mais um “novo convertido” ou “neófito” (pagão recém convertido ao cristianismo) quando escreveu suas cartas a Timóteo. Declara que “Esta é uma palavra fiel e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1Tm 1.15). Não era falsa modéstia. Ele tinha convicção de que fora salvo, mas ainda se considerava “o principal” dos pecadores. Certamente, não era uma confissão de prática de pecados atuais. Mas considerava que, mesmo na condição de salvo, ainda assim o crente deve considerar-se pecador. Não mais um pecador praticante do mal, mas sujeito ao pecado em suas formas muitas vezes as mais sutis.

É tão verdade isso, que a Palavra de Deus diz que “não há homem que não peque” (1Rs 8.46; 2Cr 6.36; Ec 7.20). O apóstolo João diz que “há pecado para morte” e há “pecado que não é para morte” (1Jo 5.16,17).



“Não obtemos por boas obras (a essência da religião legalista) o direito à libertação do pecado e da morte. Jamais! Graça significa que tudo começa e termina com Deus. A salvação é, então, um presente de nosso Criador. Nós criamos a nossa própria ruína, mas nele reside nosso socorro. O Criador restaura com as próprias mãos sua obra-prima arruinada. Enquanto a graça é a origem ou fonte da nossa salvação, a fé é o seu meio ou instrumento. A fé não faz reivindicações, para que não seja dito que foi por ‘mérito’ ou ‘obra’” (Comentário Bíblico Beacon. 1ª Edição. Volume 9. RJ: CPAD, 2006, p.136).


III - UM CONVITE A COMBATER O BOM COMBATE (vv. 18-20)
1. A Boa Milícia

Depois de orientar Timóteo sobre a difícil missão de combater as heresias na igreja de Éfeso, Paulo dá uma palavra de ânimo, encorajamento e incentivo ao jovem obreiro.
Numa atitude de um verdadeiro “pai na fé” (1Tm 1.18). Paulo lembra a Timóteo que, em sua vida de obreiro, ele teve o respaldo de mensagens proféticas a seu respeito. Certamente, por meio do “dom de profecia”. Deduz-se, do texto, que as “profecias” eram tão consistentes que Timóteo deveria militar a boa milícia”, ou o bom combate, com base naquilo que Deus lhe falara. No seio da igreja cristã, os dons espirituais são usados como ferramentas ou instrumentos para o fortalecimento da fé dos crentes, no cumprimento da missão confiada por Cristo, ante os embates com as forças que a ela se opõem. Mas os dons, e em especial a profecia só têm valor se for genuína. “Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus...” (1Pe 4.11). Pela experiência e as evidências incontestáveis na vida de Timóteo, o apóstolo concluiu que o plano de Deus na vida dele estava em pleno andamento, e ele deveria lembrar-se das “profecias que houve acerca” dele, a fim de saber conduzir-se na “boa milícia” que lhe fora confiada, “conservando a fé e a boa consciência” (1 Tm 1.19).

2. A Rejeição da Fé e suas Consequências

A base ou o fundamento da “boa milícia” a que Timóteo deveria dedicar-se eram a fé e a boa consciência” cristã, de que o jovem obreiro era bem conhecedor. Essa “fé” é a “fé não fingida” (1Tm 1.5), aliada à “boa consciência” a que Paulo já se referira (1Tm 1.5). Sem essa base de caráter espiritual e esse respaldo doutrinário, seria temerário engajar-se numa luta contra as forças do mal que agiam na igreja. Com essa exortação, Paulo lembra que quem rejeitou esse fundamento naufragou na fé, não foi bem sucedido e fracassou em sua jornada. Foi muito forte sua admoestação. Ele diz que “rejeitando a qual alguns fizeram naufrágio na fé. E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar” (1Tm 1.19,20). Quem rejeita “a fé não fingida” e a “boa consciência” cristã colhe os resultados de sua má escolha, e o resultado é o “naufrágio na fé”. Paulo toma como exemplo de obreiros que entraram por esse caminho Himeneu e Alexandre. Quem eram esses maus exemplos de “falsos mestres”? Pouco se fala deles no Novo Testamento. Quanto a Himeneu, é citado em 2 Timóteo 2.17. Não se sabe ao certo qual “doutrina” falsa ele semeava. Mas ele se encarregava de disseminar “falatórios profanos”, ao lado de outro heresiarca, chamado Fileto (2Tm 2.17,18). Estudiosos dizem que eles eram representantes do gnosticismo no meio da igreja de Éfeso.

Com relação a Alexandre, aliado de Himeneu na semeadura das falsas doutrinas, era tão pernicioso que Paulo o considera desviado ou “naufragado” na fé. Sua influência era tão maliciosa que o apóstolo os entregou “a Satanás, para que aprendam a não blasfemar” (1Tm 1.20). Eram “os dois apóstatas” que estavam à frente do movimento herético, surgido no seio da igreja de Éfeso, com o objetivo de promover dissensão e divisão naquela igreja. Esse tipo de falso obreiro perturbou também a igreja em Creta, e Paulo tomou a medida de enviar Tito para fazer frente à ação predatória contra a igreja (Tt 1.10,11).



“Conforme Timóteo 1.18, houve profecias concernentes à vontade de Deus para o ministério de Timóteo na igreja (1Co 14.29). Paulo exorta a Timóteo a permanecer fiel àquela vontade revelada para sua vida. Como pastor e dirigente da igreja, Timóteo devia permanecer leal à verdadeira fé apostólica e combater as falsas doutrinas que estavam penetrando insidiosamente na igreja.
Paulo adverte Timóteo várias vezes a respeito da terrível possibilidade da apostasia e abandono da fé” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1865).


CONCLUSÃO
O cristianismo não nasceu em “berço esplêndido” de condições favoráveis à sua expansão pelo mundo. Pelo contrário. Nasceu debaixo de perseguição e confronto com heresias e ensinos desvirtuados. Na consolidação de igrejas abertas em suas viagens missionárias, Paulo teve que oferecer resistência e ação decidida contra os “lobos vorazes” que haveriam de surgir, até mesmo no seio das igrejas, como no caso da igreja de Éfeso. Com a graça de Deus e o apoio de homens fiéis, como Timóteo e Tito, o apóstolo fez frente aos falsos mestres que se levantaram para prejudicar o trabalho iniciado e desenvolvido em muitas igrejas. Na primeira epístola a Timóteo, Paulo designou o jovem obreiro para pastorear a igreja em Éfeso, para conter a maré de heresias diversas, dentre as quais o gnosticismo e o judaísmo. Nos dias atuais, há muitas heresias infiltrando-se nas igrejas, ou surgindo no seio delas. Os líderes do povo de Deus precisam agir com sabedoria, graça e firmeza contra essas ameaças reais.

Notas:
1 French L. ARRINGTON & Roger STRONSTAD. Comentário bíblico pentecostal - Novo Testamento, p.1445.
2 French L. ARRINGTON & Roger STRONSTAD. Comentário bíblico pentecostal - Novo Testamento, p. 1445.
3 Dicionário HOUAISS.
4 Gordon D. FEE. Novo comentário bíblico contemporâneo 1; 2 Timóteo e Tito, p.53.
5 D. FEE, Gordon. Novo comentário bíblico contemporâneo 1; 2 Timóteo e Tito, p.53.
6 Russell Norman CHAMPLIN. O Novo Testamento interpretado, versículo por versículo. Vol.5, p.284

Fonte:
A Igreja e o seu Testemunho - As ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais
As Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais - Elinaldo Renovato de Lima (livro de apoio)
Comentário Bíblico Beacon 1ª.ed.vol.9 
Bíblia de Estudo Pentecostal 



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